quarta-feira, 15 de agosto de 2018


COMO LER MANGÁS? – GUIA DO INICIANTE PT. 5  

EDITORAÇÃO JAPONESA x EDITORAÇÃO BRASILEIRA 

Oee Chingus! Tudo bem com vocês? Tou percebendo que a saga dos mangás nível iniciante  ficando longa pra caramba, não tanto quanto One Piece mas né... Então, finalizaremos em breve com editoras de mangá no Brasil antes de abordar as variações do mangá pelo mundo. Todos prontos? Ikusô! 
Primeiramente a editoração japonesa e brasileira difere tipo agua e vinho, tipo Batman e Superman, tipo fãs de Naruto e Dragon Ball (pff... todo mundo deveria saber que The Bizarre Adventures of Jojo ganha dos dois – comente SONO CHI NO SADAME que eu te explico porque Jojo é topzera). 
No Japão o destaque vai para a forma “almanaque” inicial dos Mangás, ou seja, a revista é formada de diversos capítulos de histórias distintas. A periodicidade das revistas varia com a titulação da mesma, possuindo, por exemplo, itens semanais, mensais e quinzenais. Conforme já dito, os itens são impressos em papel jornal e em preto e branco (outra característica mantida após o fim da crise econômica), com grande variação no número de páginas (cerca de 200 a 500 páginas). É literalmente um "jormalzão" de histórias, baratíssimo, comprado as pencas, lido e depois reciclado, já nesse formato acontece a divisão anteriormente apresentada – shounen shoujo e afins -. Dependendo da popularidade das histórias elas são continuadas ou descontinuadas e, caso alcancem um grande público, são lançadas individualmente, em formato de colecionador, etc.  
No Brasil, a princípio o Mangá era utilizado para manutenção da língua e cultura entre os imigrantes e seus descendentes. As compras desses itens eram feitas por encomenda e chegavam ao país juntamente com outros materiais periódicos por via marítima, em pequenas tiragens e com títulos limitados. As vendas inicialmente ocorriam no Bairro Liberdade localizado em São Paulo, ou em sebos especializados. O próprio Bairro Liberdade surge, espontaneamente, da demanda dos imigrantes por moradia barata e próxima ao local de trabalho, alimentação e contato com sua cultura nativa (sonho de consumo: ir ao Bairro Liberdade no ano novo e comer muuuuuito takoyaki) 
Maaaas, a grande propagação do Mangá no Brasil se deu através do boom dos Animes, ocorrido a nível mundial e gerado, por volta da década de 80 e 90. As temáticas mais abordadas nesse período foram o sobrenatural, hecatombes e o espírito japonês, logo, os Animes de maior destaque eram os do estilo Shounen, como YuYu Hakusho e Cavaleiros do Zodíaco.   
O mesmo cenário que divulgou o Mangá ao mundo acabou também o modificando, ocidentalizando e agregando características novas. Considerando a ocidentalização e regionalização dos estilos, bem como termos utilizados, pode-se afirmar que há mescla dos estilos, com gêneros e termos utilizados em outras formas de organização, tanto da web como outras, com diferentes culturas como, por exemplo, termos de Fanfictions, gêneros literários e cinematográficos. Esse fenômeno ocorre tanto no Brasil como em outros países; atualmente a preocupação da indústria de Mangá é a venda ao ocidente, tornando por vezes o produto bem diverso da sociedade que o criou. 
 Assim, tudo se tornou uma enorme salada de frutas, misturando tudo aquilo visto nas 4 partes anteriores, isso tanto pode ser considerada uma bagunça quanto a expressão do uso (eu ainda oscilo entre os dois pensamentos confesso). Antes que o texto fique enorme, vou parar por aqui, semana que vem editoras e periodicidade. Atéé o/ 

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